Os trilhos convergem ao longe
E lá vai meu trenzinho
Lindas e delicadas mensagens
Lembram-me das passagens,
Do Natal, Fim de Ano,
Do dia, cada dia,
Das mães, dos pais, aniversários …
Obrigado!
Que estas e outras passagens
Sejam para vocês
De amanhãs alegres
Cheios dos mesmos votos,
De bem, alegrias,
Que para mim vaticinam.
Olho para trás
São já tantos ontem,
Trinta e dois mil e trezentos e vinte e seis
Até agora.
Todos, com poucas exceções,
Se tornaram em amanhãs
Alegres, promissores
É o que vejo.
As poucas exceções
Deixaram duras,
Sofridas lembranças
De amanhãs amargos,
Escuros, desoladores.
Se tirei proveito não creio
Depois de cada uma
Outra criei
Se não idêntica muito igual.
Caminho largo então,
Muita coisa à frente
Otimista, sonhador,
O futuro, muitos amanhãs,
Se perdiam de vista.
Otimista ainda,
Vejo estreitar-se o caminho,
Como linhas,
Trilhos de meu trem da vida.
São paralelas
Em ilusória perspectiva.
Possíveis mudanças de rumo
Ainda?
Piuiii, piuiii,
Comenta minha maria-fumaça:
Enfim,
Cruzam-se, lá bem longe,
Na última estação
Que ainda não vejo.
Quando a vir
Irei desembarcar
Saudoso dos ontem,
Da viagem.
E, com licença do Chefe da Estação,
Escreverei em sua lousa
“Obrigado trenzinho,
Valeu!”.